quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Mistérios de Mulher

Vermelha, rubra, rústica

Útil, inútil, símbolo fútil

Oh bolsa! Quantos mistérios há em ti

sábado, 6 de setembro de 2008

Ah! Que vontade de alegria

Já dizia o magno poeta:

"...Os livros sabem de tudo.
Já sabem deste dilema.
Só não sabem que, no fundo,
ler não passa de uma lenda."

        Hoje nada me parece naturalmente belo. O clima corroborou para que meu mundo fosse me jogado às vistas. Ou minhas vistas só enchergam em certas condições climáticas? Não sei, só sei que hoje parei pra pensar as verdades e os vazios.

        Hoje conversei comigo como há muito não conversava, com o corpo semi repousado sobre o peso do existir e a alegria da possibilidade de não ser, me pus a pensar. Um lampejo de dor e uma certeza da sua constância, talvez a única constância que realmente tenho e a única coisa que me faz real compania, me tomou no braços e me ninou. Me contou calma e friamente que todos anseamos por um abraço, nascemos e corremos para ele... o abraço da morte. Que é como o dia frio e chuvoso, que obriga a todos a esconder-se, encolher-se e sentir-se impotentes. Abandonados a própria sorte. Mas um abraço gostoso, acalentador e calmo.

        Hoje me dei conta que existo, e que a certeza do existir é não existir.