quarta-feira, 30 de abril de 2008

Isso é um GÊNIO ou LOUCO, ou GÊNIO LOUCO
Entrevista com Cazuza

terça-feira, 29 de abril de 2008




SOBRE COMO NASCEM OS GÊNIOS...OU LOUCOS....OU GÊNIOS LOUCOS

Um misto de amor e dor invade o peito e estremece as entranhas dos seres escolhidos para hospedar a genialidade. Escolhidos não por um designo divino ou pelas sutis linhas do destino, mas, escolhidos pelos devaneios da tirana vida que, de quando em quando, resolve brincar com pessoas e arrancar delas o que de mais profundo a raça humana pode possuir. Arranca-lhes a essência, o âmago, o útero gerador de vida para si e para os outros. Como já disse um dia um desses gênios, “Pois eu fui puxado a ferro, arrancado do útero materno, e apanhei pra poder chorar.” (Quando Eu Morri - Raul Seixas) Esse arrebatamento da genialidade sempre envolve os elementos primordiais, tão antagônicos e sempre tão unidos, que por força da irracionalidade podem ser uma coisa só. AMOR e DOR. Palavras curtas e simples, com significados tão profundos e tão loucos. Residência de devaneios, suspiros e tragédias. Até que chegam aqueles dias e momentos que parecem eternos, em que a gente só quer dormir cedo pra noite passar depressa e não poder nos agarrar. Noites de garras de aço, que nos cortam em mil pedaços... e no outro dia temos que nos remendar. Esse é o nosso mundo, nem feio, nem ruim, muito menos insuportável Apenas nosso! Presente da louca vida, sempre presenteando com sua loucura os seus escolhidos. Gênios sempre mal compreendidos, principalmente pelos seus e em seu tempo. Seres que oscilam entre os malditos e os inocentes. Seres sufocados pela incompreensão. Que gritam como gritava Cazuza: “Me deixem amolar e esmurrar a faca cega, cega da paixão... Não escondam suas crianças não, e nem chamem o sindico, nem chamem a policia, nem chamem nenhum hospício não, eu não posso causar mal nenhum a não ser a mim mesmo, e não ser a mim.” (Mal Nenhum - Cazuza). Gênios ou loucos, ou gênios loucos. Isso não interessa, interessa que são pessoas que preferiram “Explodir, à queimar aos poucos” (Janis Joplin), e que por isso deixaram atrás de si um rastro eterno e de uma profundidade inalcançável, apenas “intuível” . Afinal, precisamos ser loucos ou gênios ou gênios loucos para intuir as sensações que tiveram os grandes nomes da genialidade mundial. (ver Leminski) Como sentir prazer ao ouvir Beethoven (não os grunhidos do cão, mas a melodia do gênio) se também nós, assim como ele, não tivermos as nossas oscilações entre a docilidade e a agressividade? Por isso que acredito que “nós os malucos vamos lutar pra nesse estado continuar nunca sensatos nem condizentes, mas parecendo super contententes... (...) vamos incertos pelo caminho, nos comportando estranhos no ninho... (...) Mais todo mundo que é genial nunca é descrito como normal.” (Hino dos Malucos - Rita Lee). E como disse mais um desses loucos/gênios, Salvador Dali, “eu vou ser tão breve que na verdade já terminei”.


Sugestão de filme: Minha Amada Imortal

domingo, 27 de abril de 2008

Fragmentos de mim!!!!


Hoje eu acordei mais cedo, tomei sozinho um chimarrão, procurei a noite na memória, procurei em vão... Acordei querendo conversar com um dos meus genitores, aquele que um dia me disse que as nuvens não eram de algodão. Em meio a conversa, pensando bobagens, bebendo besteiras, percebi que esse espaço que estou criando é na verdade um lugar comum onde qualquer um se esconde, pra fazer a frase feita, e sentir os efeitos colaterais. É um lugar nenhum, um mundo virtual e estranho, que me faz lembrar a experiência que vivi uns 5 ou 6 anos atrás fazendo programa de rádio... sempre me perguntava, "há alguém me ouvindo ou minhas palavras ecoam mudas em um espaço inexistente que não sei onde fica e nem como funciona?" Essa é a sensação que me apanha agora e então dentro de mim grita: Como se chama essa cidade?? Como se chama atenção? De uma cidade que dorme, enquanto a gente, infelizmente, não? Amanhã numa cidade diferente, não haverá diferenças no ar as noites passarão do mesmo jeito as estrelas estarão no mesmo lugar? Como se chama essa cidade?? como se chama atenção, de uma cidade que morre enquanto a gente, mente que não?
Mas enfim... Já vivi tanta coisa, tenho tantas a viver. Tô no meio da estrada e nenhuma derrota vai me vencer. Hoje eu acordei livre: não devo nada a ninguém, não há nada que me prenda.
Musicas utilizadas:

sábado, 26 de abril de 2008

A crise dos 27, ou... o desejo de fazer história!!!!



Por muito tempo eu Parei, Olhei, Escutei...Agora chegou também a minha vez de lançar palavras ao mundo. Começar a elencar os bens que um dia deixarei como herança aos meus filhos. Filhos que não pretendo ter, filhos que já tive. Afinal o conceito de filhos é tão amplo, ao menos para mim é. Heranças materiais para mim são idiotices vãs. Herança mesmo é deixar para as pessoas que amo um pouco do que sou, pois sou um mosaico de muitos poucos que foram entrando em mim. Sou filho de muitos seres, muitos dos quais nem fazem idéia que ajudaram a me gerar e me fizeram nascer. Mas, nas minha palavras o DNA de todos eles pode ser encontrado. Aos curiosos, que desejam saber quem são esses meus "muitos pais" me acompanhem nessa lunatica viagem, e saberão quem me ensinou a falar, com a boca e com os dedos!!!