Estou perplexo com o que acabei de ver e ouvir. Meus olhos e ouvidos entraram em profunda crise entre o desejo de existir e o medo de passar por tal circunstância novamente.
Acabaram de entrar na minha casa, no recôndito e escondido lar em que habito, os candidatos a vereador das eleições ponta-grossenses 2008. Vieram pelo ar, qual aves de rapina alucinadas por sua presa suculenta, gorda e apetitosa. Vomitaram sobre mim toda a sorte de barbáries, "ogrocisses", infameis frases de sonoridade duvidosa tanto quanto a índole e a alfabetização dos que a pronunciam.
O pior de tudo isso é que não invadiram meu abrigo anti-aéreo, eu os convidei para entrar, eu apertei um mágico botão que os tele transportou até aqui. Esse mesmo botão se acionado mais uma vez poderia mandá-los pra bem longe, para aquele lugar que todos sabemos onde fica, mas que não convém que pronunciemos e muito menos que digitemos. Mas não o fiz. Hipnotizei-me diante deles! Perplexo, assustado, desesperado pelas coisas que ouvia e via fiquei na vã tentativa de ainda haver algo que fizesse valer a pena e que me tirasse daquele estado de hipnose e tensão. Mas, nada de novo no céu de Ponta Grossa, os minutos iam passando, e assim como o nariz do trabalhador do cortume também meus olhos e ouvidos iam acostumando-se com aquilo que é a metáfora do que produzimos em nossas latrinas. Uma visão e audição fétida, nauseante e de um poder alucinógeno incomensurável. Quando me dei conta eu ria, ria como alguém movido pelo efeito do THC. Ria por acreditar que o que via era uma alucinação e que não, eu não serei obrigado a escolher um dentre eles pra me representar e clamar por mim minhas necessidades.
Palavras saiam quais mísseis da TV, e eu já não podia defender-me, e sempre que era atingido o riso me saia mais frouxo, alto e alucinado. “Não aceite o que não é visto, vote no previsto”. “Eu tenho três (3) propostas: Saúde, educação, esporte e lazer” e assim ia. Expressões amórficas, entonações sem sentido, olhares vitrificados, piadas infames, propostas absurdas e toda sorte de idiotices que um ser humano possa tolerar.
Ai me pergunto: votar em quê? Teremos que fazer a crucial escolha do mal menor? Abster-se? Gritar? Ou nos unirmos a eles e nos tornarmos macacos circenses já que por estes somos representados??? Parem por favor, isso dói!!!!
Como disse um deles: “Deus qui nóis ajude”!
Acabaram de entrar na minha casa, no recôndito e escondido lar em que habito, os candidatos a vereador das eleições ponta-grossenses 2008. Vieram pelo ar, qual aves de rapina alucinadas por sua presa suculenta, gorda e apetitosa. Vomitaram sobre mim toda a sorte de barbáries, "ogrocisses", infameis frases de sonoridade duvidosa tanto quanto a índole e a alfabetização dos que a pronunciam.
O pior de tudo isso é que não invadiram meu abrigo anti-aéreo, eu os convidei para entrar, eu apertei um mágico botão que os tele transportou até aqui. Esse mesmo botão se acionado mais uma vez poderia mandá-los pra bem longe, para aquele lugar que todos sabemos onde fica, mas que não convém que pronunciemos e muito menos que digitemos. Mas não o fiz. Hipnotizei-me diante deles! Perplexo, assustado, desesperado pelas coisas que ouvia e via fiquei na vã tentativa de ainda haver algo que fizesse valer a pena e que me tirasse daquele estado de hipnose e tensão. Mas, nada de novo no céu de Ponta Grossa, os minutos iam passando, e assim como o nariz do trabalhador do cortume também meus olhos e ouvidos iam acostumando-se com aquilo que é a metáfora do que produzimos em nossas latrinas. Uma visão e audição fétida, nauseante e de um poder alucinógeno incomensurável. Quando me dei conta eu ria, ria como alguém movido pelo efeito do THC. Ria por acreditar que o que via era uma alucinação e que não, eu não serei obrigado a escolher um dentre eles pra me representar e clamar por mim minhas necessidades.
Palavras saiam quais mísseis da TV, e eu já não podia defender-me, e sempre que era atingido o riso me saia mais frouxo, alto e alucinado. “Não aceite o que não é visto, vote no previsto”. “Eu tenho três (3) propostas: Saúde, educação, esporte e lazer” e assim ia. Expressões amórficas, entonações sem sentido, olhares vitrificados, piadas infames, propostas absurdas e toda sorte de idiotices que um ser humano possa tolerar.
Ai me pergunto: votar em quê? Teremos que fazer a crucial escolha do mal menor? Abster-se? Gritar? Ou nos unirmos a eles e nos tornarmos macacos circenses já que por estes somos representados??? Parem por favor, isso dói!!!!
Como disse um deles: “Deus qui nóis ajude”!
Nenhum comentário:
Postar um comentário